“O inssinu no Brasiu è otimo”,


Vamos falar sem rodeios. Em boa parte dos lares brasileiros, uma conversa em família flui com muito mais vigor e participação quando se decide a assinatura de novos canais a cabo, o destino das próximas férias ou a hora de trocar de carro do que quando se discute sobre o que exatamente o Júnior está aprendendo na escola. Quando e se esse assunto é levantado, ele se resumirá às notas obtidas e a algum evento extraordinário de mau comportamento, como ter sido pego fumando no corredor ou ter beliscado o traseiro da professora de geografia. O quadro acima é um tanto anedótico, mas tem muito de verdadeiro. De modo geral, com as nobilíssimas exceções que todos conhecemos, os pais brasileiros de todas as classes não se envolvem como deveriam na vida escolar dos filhos. Os mais pobres dão graças aos céus pelo fato de a escola fornecer merenda, segurança e livros didáticos gratuitos. Os pais de classe média se animam com as quadras esportivas, a limpeza e a manifesta tolerância dos filhos quanto às exigências acadêmicas muitas vezes calibradas justamente para não forçar o ritmo dos menos capazes. Uma pesquisa encomendada por VEJA à CNT/Sensus traduz essa situação em números. Para 89% dos pais com filhos em escolas particulares, o dinheiro é bem gasto e tem bom retorno. No outro campo, 90% dos professores se consideram bem preparados para a tarefa de ensinar. Como mostra a Carta ao Leitor desta edição, sob sua plácida superfície essa satisfação esconde o abismo da dura realidade – o ensino no Brasil é péssimo, está formando alunos despreparados para o mundo atual, competitivo, mutante e globalizado. Em comparações internacionais, os melhores alunos brasileiros ficam nas últimas colocações – abaixo da qüinquagésima posição em competições com apenas 57 países.



Clique aqui e leia na íntegra.





E você? Qual é a sua opinião ?

DIÁRIO DE BORDO – PDE-ESCOLA

Todo projeto deveria ter seu diário de bordo,porém é um hábito pouco comum fazê-lo, seja por ser complicado escrever”projetando”, seja por que na maioria das vezes a gente tem pouco tempo a bordodeste mesmo projeto. Entretanto, vamos tentar aqui ir registrando os momentosmais importantes de nossa convivência com TODOS OS TRIPULANTES(SEEDUC/RJ,FESP/COMITÊ ESTADUAL/COMITÊ REGIONAL, COORDENADORIA REGIONAL,UNIDADES ESCOLAR E SEUS GESTORES/GRUPOS DE

SISTEMATIZAÇÃO,PROFESSORES, ALUNOS E FUNCIONÁRIOS).

O que é o DIÁRIO DE BORDO: PDE-Escola?

Como o próprio nome diz, este é um Diário que será preenchido ao longo de todo o trabalho, trazendo as anotações, rascunhos, e qualquer idéia que possa ter surgido no decorrer do desenvolvimento do projeto.


MUNDO SUSTENTÁVEL: Saiba mais sobre ANDRÉ TRIGUEIRO

André Trigueiro é jornalista com Pós-graduação em Gestão Ambiental pela COPPE/UFRJ, Professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC/RJ, autor do livro Mundo Sustentável – “Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em transformação” (Editora Globo, 2005), Coordenador Editorial e um dos autores do livro “Meio Ambiente no século XXI”, (Editora Sextante, 2003).

Saiba mais…clique aqui!

PDE – Escola = Pedido de Desculpas Emocionado

Após sete incansáveis e prazerosos dias da FORMAÇÃO PARA ORIENTADORES DE GESTÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO ESCOLAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, na volta para casa, por volta das 20h, a Professora Silvana de repente exclamou: Eu adoro estudar! Como é que tem gente que não gosta?!!!!

Sugeri que ela escrevesse a emoção que estava sentindo, e curiosamente dentro do carro, em meio à Avenida Brasil percebi que no escuro ela se comunicava com o papel e caneta…Chegando à casa ao acessar meus e-mails, o presente que compartilho com todos aqueles que tem a ousadia de escrever seus sentimentos!

É assim que eu me sinto…

Me chamo Silvana , digo, Professora Silvana. Depois de muitos anos de sala de aula, hoje me vejo fazendo parte do quadro de funcionários de uma Coordenadoria do Estado, onde auxilio um setor chamado Gerência de Ensino, acompanhada de uma equipe que além de profissionais são seres humanos inesquecíveis, que por onde quer que eu vá os levarei para sempre na memória e no coração.
Sempre fui uma pessoa que ama e sabe da importância de se estudar e saber se informar. Apesar das várias tarefas que realizo, também sou mãe, e dá trabalho!!! Estou tendo neste momento a oportunidade de estar freqüentando uma sala de aula novamente; mas pasmem, é uma sala de aula diferente, que embora tenha os componentes necessários ,e cá pra nós essenciais (professor e aluno) , trabalha um conteúdo diferente. É verdade que fazemos alguns cálculos (viva o professor de matemática) , estudamos leis, coletamos dados …enfim ! O que importa é que estamos estudando para ajudar o OUTRO. E que outro é este? Um profissional igual a mim, um amigo.
PDE-Escola – Programa que poderia ser definido em sua sigla como Pedido de Desculpas Emocionado. Desculpas a escola , aos alunos, aos funcionários, a população, por termos deixado de enxergá-los por tantas décadas como eles mereciam serem vistos.
Quero deixar registrado a minha emoção de retornar a esta sala de aula neste momento de grande expectativa e amor. É amor. Por que sem amor e liderança o objeto de estudo se perde. E que objeto é este ? A escola . Que está , como diria uma amiga minha, no FOCO; o palco é dela; e nós temos que nos colocar no lugar de apoio, cuidar do figurino, da iluminação, da conservação, da bilheteria, do texto interpretado pelos grandes atores sociais, do bem estar dos mesmos, para que assim com esse cuidar, esse olhar , todos os dias possamos garantir lotação esgotada. O que mais dizer, só tenho que agradecer.

Professora, com muito orgulho, Silvana.

PDE-ESCOLA = PLANO DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS

Um empreendedor nato sente uma oportunidade e já coloca a cabeça para funcionar, calculando e medindo as opções para determinar a validade ou não do novo empreendimento. Ou seja, ele sabe perceber o cenário, sabe arriscar, mas também sabe calcular os riscos do novo empreendimento. Um detalhe importante é que não “se mete” em ambientes que não conhece sem antes estar cercado de todas as informações e de pessoas que poderão ajudá-lo, assessorá-lo.

Para sabermos quem é um empreendedor, devemos analisar os comportamentos empreendedores. São diversos os autores, mas resumo, da apostila de Marketing Pessoal – Características de Comportamento Empreendedor (CEE) –, que foi elaborada pelo professor José Elmar Feger, da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC). As CEE 1 foram identificadas através de pesquisa realizada por David McClelland, pesquisador de Harvard (EUA).

Essa pesquisa determinou que através das CEE podemos identificar se uma pessoa age como empreendedora e quais as características de comportamento são mais utilizadas. Com isso é possível treinar a prática das CEE que não são utilizadas. Entendo aqui que é possível – também – formar um empreendedor e melhorar as qualidades daqueles considerados natos. Diz a pesquisa que é impossível que um empreendedor tenha todas as características ou apresente todas ao mesmo tempo, pois isso depende do tipo de atividade que desenvolve e do ambiente (cenário) em que atua.

Ficou curioso?
Deseja saber Características do Comportamento do Empreendedor (CEE)? Clique aqui e faça seu diágnóstico!

PAULO BLIKSTEIN: Muita gente no Brasil quer mudar a EDUCAÇÃO com base em achismos

“Leiturizando” a revista Veja (25 de junho de 2008) deparei com o Auto-retrato do engenheiro PAULO BLIKSTEIN, que aos 35 anos acaba de conquistar algo inédito para um brasileiro: ser o primeiro colocado de sua área em cinco dos mais cobiçados concursos para PROFESSOR DO MUNDO, entre eles os das universidades de Harvard, Stanford e Berkeley. Formado pela Universidade de São Paulo, é especialista em TECNOLOGIA APLICADA À EDUCAÇÃO.

Compartilho com você algumas pesquisas que fiz, pois me encantei com as reflexões deste ser humano ousado e repleto de OPORTUNIDADES. É só clicar e navegar!

Novas tecnologias podem limitar e escravizar o homem
Entrevista – Paulo Blikstein

Gilberto Dimenstein: A ponte de invenções de Paulo Blikstein

Seus filhos não aprendem nada no computador?

COMO FAZER APRESENTAÇÕES – Paulo Blikstein

Multiplique estas informaçãoes…Leve para o Conselho de Classe/sala de aula/murais, etc. Amplie-as!

Vi, ouvi, gostei e compartilho com todos que acreditam que TODO BRASILEIRO TEM DIREITO A APRENDER.


Participei desta reunião e me senti enriquecida com o nível de informações, com o nível dos convidados e dos participantes. Me senti muito empoderada, e em agradecimento ao convite da SEEDUC/RJ publico a programação com links pesquisados que poderão agregar valor ao conhecimento de quem ACREDITA NO INÉDITO VIÁVEL.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
IV Reunião Anual da ABAVE – “Todo brasileiro tem direito a aprender”.
18/06 à 20 /06/2008

PROGRAMAÇÃO
18 de Junho de 2008, Quarta -Feira

Minicursos
13h30 às 17h – Sala Itaipu A
Tema: Indicadores e metas das escolas
José Franscisco Soares – UFMG
13h30 às 17h – Sala Itaipu B
Tema: A avaliação da alfabetização
Hilda Micarello e Josiane Toledo – CAEd /UFJF
13h30 às 17h – Sala Mar Azul
Tema: Os fundamentos do IDEB
Ruben Klein – Fundação Cesgranrio
13h30 às 17h – Sala Guaratiba
Tema: As Escalas de Proficiência do SAEB
Nilma Santos Fontanive – Fundação Cesgranrio
13h30 às 17h – Sala São Conrado
Tema:Introdução à Teoria da Resposta ao Item
Girlene Ribeiro de Jesus – UnB
13h30 às 17h – Sala Pontal
Tema: A pesquisa da escola eficaz
Nigel Brooke – UFMG

Abertura
20h – Sala Itaipu
Abertura Oficial da IV Reunião da ABAVE “Todo o brasileiro tem direito a aprender”
Governador de Estado do Rio de Janeiro/Secretária de Educação
Exmo. Sr. Sérgio Cabral Filho /Tereza Porto

21h Coquetel de abertura

19 de Junho de 2008, Quinta- feira

8h às 9h30 – Sala Itaipu
Conferência: A Prova Brasil e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB
Prof. Reynaldo Fernandes – INEP/MEC

10h às 12h – Sala Itaipu A
Tema: O Direito de aprender
Maria Helena Castro – SEE/SP
Maria José Feres – Projovem
Mariza Abreu – SEE/ RS
Coordenador: José Francisco Soares – UFMG

10h às 12h – Sala Itaipu B
Tema: A avaliação de políticas e da gestão da Educação Pública
Fernando Reimers – Harvard
Jeff Puryear – PREAL/Chile
Ky Adderley – KIPP AMP Academy /NY (Conheça o educador ucraniano Anton MAKARENKO)
Coordenador: Manuel Palácios – CAEd/ UFJF

14h às 16h – Sala Itaipu B
Tema: Sistemas Nacionais de Avaliação: os resultados e a relação com as escolas
Amaury Gremaud – INEP/MEC
Jacqueline Levasseur – França
Coordenador: Nigel Brooke – UFMG

14h às 16h – Salão Itaipu A
Tema: A avaliação da alfabetização
Alicia Bonamino – PUC/RJ
Delaine Cafieiro Bicalho – CEALE/UFMG
Gladys Rocha – CEALE/UFMG
Nilma Santos Fontanive – Fundação Cesgranrio
Coordenadora: Hilda Micarello – CAEd/UFJF

14h às 16h – Sala Guaratiba
Tema: A utilização do modelo de Rasch na Provinha Brasil
Dalton Francisco de Andrade – UFSC
Ruben Klein – Fundação Cesgranrio
Tufi Machado Soares – CAEd/UFJF
Coordenador: Joaquim José Soares Netto – UnB

16h30 às 18h30 – Sala Itaipu A
Tema: Sistemas de Avaliação da Educação Básica: a utilização dos resultados
Maria Isolda C. de Arruda Coelho – SEE/CE
Tereza Cristina Porto Xavier – SEE/RJ
Vanessa Guimarães Pinto – SEE/MG
Coordenador: Cláudio Mendonça – FESP/RJ

16h30 às 18h30 – Sala Itaipu B
Tema: O direito à educação: o itinerário brasileiro
Bernardete Angelina Gatti – FCC / SP
Murílio de Avellar Hingel – UFJF
Romualdo Portela de Oliveira – USP
Coordenador: Mozart Neves Ramos – UFPE

16h30 às 18h30 – Sala Guaratiba
Tema: A avaliação da educação superior
Clarilza Prado – PUC/SP
Iguatemy Maria de Lucena Martins – INEP/MEC
Robert Verhine – UFBA
Coordenador: Wagner Andriola – UFC

20 de Junho de 2008, Sexta-feira
08h às 12h – Em todas as salas
Apresentação de Trabalhos

14h às 16h – Sala Itaipu A
Tema: Projeto de educação e responsabilidade social
Denise Aguiar A. Valente – Fundação Bradesco
Viviane Senna – Instituto Ayrton Senna
Wanda Engel – Instituto Unibanco/RJ
Coordenadora: Eleuza R. Barboza – CAEd /UFJF

14h às 16h – Sala Itaipu B
Mesa-redonda: A experiência dos estados com a avaliação da alfabetização
Aléssio Costa Lima – SPAECE-Alfa/CE
Cláudio Marques – PAIC/CE
Maria Inêz Barroso Simões – SEE/MG
Maria Nilene Bedeca da Costa – SEE/MS
Coordenadora: Marluza de Moura Balarini SEE/ ES

16h30 às 17h30
Homenagem especial e coquetel de encerramento

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Vi, ouvi, gostei e compartilho com todos que acreditam que TODO BRASILEIRO TEM DIREITO A APRENDER.
Graça Santos
Gerente de Ensino, Gestão e Integração

Com a premissa de que TODO BRASILEIRO TEM DIREITO A APRENDER a professora Lina Kátia, Presidente da ABAVE, destacou a contribuição dos professores, pesquisadores e acadêmicos que têm contribuído para os avanços no campo da avaliação educacional. Tomada pela emoção após a audição do discurso de abertura da Presidente da ABAVE, decidi solicitar cópia do mesmo. Dirigi-me até ela, me apresentei, e no mesmo instante fui presenteada com algo que gostaria que todos os professores que não puderam participar tivessem a oportunidade de refletir sobre o mesmo.

O presente (Transcrição do discurso com grifos meus)

“É bem verdade que hoje já não encontramos ninguém a contestar este direito, e esta concordância pode ser entendida como um avanço democrático de nossa sociedade. Cuidemos, no entanto, de ir além desse acordo retórico e ambíguo, tentando perceber o que este direito implica em nosso cotidiano e dos brasileiros.
Alguém poderia dizer que esta idéia – a de que todo brasileiro tem o direito de aprender – já existia à época da escravidão, pois todos os escravos deveriam aprender duas coisas: como ser escravo e trabalhar. Outro poderia ainda dizer que este direto sempre foi respeitado, especialmente depois da escravidão, quando nas grandes propriedades rurais ou na indústria nascente todos podiam aprender algum ofício, e exercê-lo de sola a sol, nas mais duras condições. Aliás, no começo do século XX os grandes industriais brasileiros, através de vários documentos, insistiam que o trabalho era a melhor escola para uma população composta em grande parte de vários preguiçosos, e que somente o aprendizado de uma profissão poderia redimir esta população de sua improdutividade. Estas interpretações do direito de aprender nos parecem hoje estreitas e ridículas. Foram, no entanto, modos comuns, em nossa história, de entender o direito de aprender.
A sociedade brasileira evoluiu materialmente e reflexivamente. Somos, hoje capazes, de formular este direito vinculando-o à própria raiz da idéia de direitos, ou seja, a liberdade de cada um e de todos. As antigas interpretações, se é assim que podemos chamá-las, associavam o aprendizado a um trabalho subalterno, à ausência de liberdade. Atualmente entendemos o contrário: os direitos existem para a garantia e atualização da liberdade e da potência de cada um dos brasileiros. E, nesse caso, a afirmação de que todo brasileiro tem o direito a aprender ganha uma primeira determinação: aprender não aquilo que o torna subalterno, mas aquilo que permite a cada um a experimentação progressiva de sua liberdade e da liberdade de outros brasileiros.
Mais ainda: as antigas interpretações sempre vinculavam o aprender às possibilidades de um mercado de trabalho marcado pelo enorme dispêndio de energia física dos homens. Hoje, é usual a argumentação a favor do direito a aprender pelo recurso à existência de um mercado de trabalho que exige o domínio do letramento e de habilidades especiais como a condição de empregabilidade. Ora, o direito a aprender, e a aprender sobretudo aquilo que amplia a liberdade humana, não pode estar ancorado na estrutura do mercado de trabalho, e sim na concepção cada vez mais reflexiva e universal do que entendemos por homem e humanidade.
Sem dúvida, é impossível desconhecer a realidade factual, concreta, de um mundo do trabalho e mutação, com suas exigências próprias e legítimas. Mas este reconhecimento do mundo bruto do mercado não pode se sobrepor à necessidade de vincular o direito ao aprendizado.
Isso traz outra conseqüência: o direito ao aprendizado não pode ser visto apenas como algo que cada um encontra na sociedade em geral, em acasos felizes. Este direito, para ser coerente, deve ser exercido numa instituição que possibilite aos brasileiros um domínio reflexivo sobre a própria idéia de direitos e da liberdade, e esse deve ser o território de nossa escola, pública ou privada. De uma escola que, progressivamente, seja capaz de oferecer a todos os brasileiros os instrumentos e meios cada vez mais complexos para a compreensão exigente de uma sociedade fundada em direitos e na liberdade.
Claro que este aprendizado pode se dar em várias instituições sociais, mas a escola é a condição essencial para que os valores e os comportamentos de liberdade se enraízem profundamente em nossa sociedade. Por isso mesmo, ela cancela esta vivência democrática como fruto do acaso, tornando-a opção reiterada da sociedade, e faz do aprendizado ou do exercício profissional uma possibilidade de homens livres numa sociedade livre.
Isto significa reconhecer a natureza complexa do direito a aprender e os desafios da escola.A ABAVE foi criada com esta inspiração: a de respeitar esta complexidade da escola, do aprendizado numa sociedade democrática, e a de refletir sobre os meios de fazer de nossa escola uma escola eficaz .A ABAVE foi instituída com base na premissa de que a avaliação é um modo de refletir sobre esta escola eficaz e democraticamente comprometida, e que pode e deve ser incorporada de maneira extremamente positiva no cotidiano escolar.
Acreditamos na avaliação de larga escala como uma perspectiva que, longe de empobrecer o nosso olhar sobre o processo de ensino e aprendizagem, pode enriquecê-lo e tornar mais eficazes as nossas políticas e estratégias destinadas a dar corpo ao direito que todo brasileiro tem a aprender.
A perspectiva da avaliação da educação é recente em nossa história. Ela surge, entre nós, ao final do século passado, em meio a um movimento típico de sociedades democráticas ou em democratização, interessadas em aprofundar o conhecimento sobre seus desafios, suas possibilidades e em criar mecanismos que tornem os governantes – e os cidadãos de modo geral – responsáveis pela solução destes desafios e atualização dessas possibilidades. Sem o desenvolvimento dessa capacidade autoreflexiva e prática, é a própria democracia que passa a correr riscos, pela associação do ceticismo geral com a ação predatória de interesses puramente particulares. Neste sentido reitero a relação direta entre mecanismos como os de avaliação em larga escala e a vitalidade democrática de nossa sociedade. Como todas as outras práticas de accountability, de responsabilização e de autoconhecimento, avaliação educacional em larga escala é um modo de mostrar o Brasil ao Brasil. Revela a todos nós o que de fato somos, de modo que possamos enfrentar todas as dificuldades que ainda nos atormentam e construir as estratégias de atualização e ampliação de nossas qualidades e potencialidades.
Os resultados da avaliação educacional brasileira em larga escala atestam a baixa qualidade do ensino oferecido em nossas escolas. Mostram a existência de largos contingentes de crianças e adolescentes que, diante das dificuldades de aprendizagem e do pouco incentivo para os estudos, terminam por desistir da escola, seja pelo abandono da sala de aula, seja se entregando às reprovações e às turmas de excluídos, diante de uma escola indiferente. O primeiro efeito das avaliações da educação básica em larga escala é trazer à luz a situação desta população estudantil e promover a equidade como um valor fundamental da educação democrática. Por isso acostumamos dizer que avaliar a educação é testar a eficácia de um direito fundamental. O direito à educação não se resume à vaga na escola, ele só se realiza com o desenvolvimento daquelas competências que asseguram ao jovem o ingresso no mundo da cultura e da cidadania.
Mas as avaliações mostram ainda mais. Nunca é demais repetir que é preciso combater a indiferença, a crença, mais difundida do que se pensa, de que para muitos brasileiros basta algum rudimento de escolarização.
Por esta razão é preciso conceber políticas que incentivem os profissionais da educação que querem fazer a diferença, políticas que combatam os cenários tão freqüentes de paralisia e inércia. E isso não se faz só com recursos e orçamentos. Mas com idéias generosas e democráticas, bons programas de ensino e propostas curriculares inovadoras, e atenção redobrada com a formação do professor.
A avaliação é hoje, reconhecidamente, um instrumento eficaz de responsabilização dos nossos governantes e dos gestores de nossas redes de ensino. Ela não deixa para a posteridade o julgamento do que estamos fazendo hoje: ela nos devolve, com rapidez e clareza, se estamos de fato comprometidos com este direito que todo brasileiro tem de aprender. Daí o compromisso da ABAVE. Primeiro, pela sua natureza multidisciplinar: reúne pesquisadores de diversas áreas, alfabetização e letramento, educação matemática e científica, estatística e psicometria, que atuam na avaliação educacional. E também congrega gestores da educação pública que lidam, no seu cotidiano, com o compromisso de elevar a qualidade do ensino e melhorar os padrões de gestão de nossas escolas.

ENSINO MÉDIO INTEGRADO: O que você precisa saber

O que você sabe sobre ENSINO MÉDIO INTEGRADO?

Amplie seus conhecimentos acessando/navegando nos links abaixo:

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ – Ensino Médio Integrado
Parâmetros Curriculares do Ensino Médio em Debate
ENSINO MÉDIO INTEGRADO À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
SEB – Secretaria de Educação Básica – Ensino Médio
SETEC – Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – Brasil Profissionalizado
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
e-TEC BRASIL – Escola Técnica Aberta do Brasil
Programa vai estimular oferta do ensino médio integrado nas escolas públicas estaduais
Ações do PDE