Arquivar maio 20, 2011

O sociólogo italiano Domenico Di Masi enfatiza que uma escola feliz deve preparar os jovens também para o tempo livre

O professor italiano, sociólogo do trabalho e escritor Domenico Di Masi tem dito em suas palestras pelo mundo afora que a escola prepara as pessoas para serem tristes. É, sem dúvida, uma fala audaciosa que tem mexido com os cânones do magistério. Como os professores podem se sentir realizados com seu trabalho, formando pessoas para a tristeza? Como fazer do exercício do magistério uma atividade de e para o prazer? São algumas das perguntas formuladas por Folha Dirigida ao autor de “O ócio criativo” e “Sociedade sem trabalho”, entre outros livros que pregam a importância da preguiça e o dever do ócio a milhares de leitores espalhados pelo mundo.

Nesta entrevista, a única em que aborda exclusivamente o trabalho do magistério, ele diz que o trabalho do professor é “o mais lindo” e privilegiado que existe, por se tratar de uma atividade de estímulo à convivência criativa. Entre os conteúdos fundamentais para um bom trabalho, Domenico aponta a vocação estética e ética, sem as quais o professor não poderá desempenhar bem o seu trabalho. Em relação a salário, na contramão da maioria que amarga as dificuldades impostas pela baixa remuneração, ele diz que não é essencial à qualidade do serviço: 

— É importante para dar uma certa tranqüilidade, mas não é fundamental — afirma.

Mas quando o assunto é pesquisa, o trovador da preguiça torna-se um radical e diz que ela é “a vida do professor”. Para ele, não é possível uma faculdade de Pedagogia abrir mão do ensino sistemático da Metodologia da Pesquisa e da Filosofia do Conhecimento. Veja a entrevista, clicando aqui.

IQP – INDICADORES DE QUALIDADE DE PROJETO


A equipe de educadores do CPCD sempre trabalhou seus programas de educação popular e de desenvolvimento comunitário, assim como seus projetos específicos – “Sementinha”, “Ser Criança”, “Bornal de Jogos”, “Fabriquetas Comunitárias”, “Agentes Comunitários de Educação”,  etc. – como processos de permanente apreensão, compreensão e devolução.   Uma das maiores dificuldades que enfrentávamos era em relação ao quesito “indicadores de avaliação” dos nossos projetos. Este problema (que não era só nosso, mas ainda aflige e compromete o trabalho das ONGS e da grande maioria dos projetos sociais e de intervenção comunitária) passou a ser um desafio permanentemente enfrentado pela equipe. Entre as muitas questões que formulávamos, destacamos algumas: 





Especial EDUCAÇÃO – JN Especial

Não há razão, nem explicação aceitável para tantos alunos no Brasil deixarem a escola sem aprender o que deveriam.
O último relatório do Todos pela Educação mostra que o percentual de aprendizado de matemática no final do ensino fundamental, por exemplo, está abaixo de 15% (14,8%) e o de português é 26,3%.
A coordenadora de projetos da Fundação Roberto Marinho, Maria de Fátima Gabriel, acha que todos os alunos têm capacidade de aprender. E que é função da escola buscar alternativas, às vezes, é preciso sair do formato tradicional.