Arquivar agosto 14, 2023

A Dramaturgia e a Iniciação Científica no Ensino Médio

Autoria: João Bernardo de Souza Freire





Eu sou João Bernardo de Souza Freire, faço estágio na FAPERJ e sou um aspirante a diretor teatral. Nasci no dia 06/06/2006, em Petrópolis. Tenho hoje 17 anos e curso o 2º ano do ensino médio, na trilha de ciências humanas, do CIEP Cecília Meireles 137. Em uma roda de conversa com a ilustre Graça Santos, fui convidada a produzir este breve artigo sobre como me apaixonei pela arte dramatúrgica e como queria me tornar um estagiário de iniciação científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).

Eu sou João Bernardo de Souza Freire, faço estágio na FAPERJ e sou um aspirante a diretor teatral. Nasci no dia 06/06/2006, em Petrópolis. Tenho hoje 17 anos e curso o 2º ano do ensino médio, na trilha de ciências humanas, do CIEP Cecília Meireles 137. Em uma roda de conversa com a ilustre Graça Santos, fui convidada a produzir este breve artigo sobre como me apaixonei pela arte dramatúrgica e como queria me tornar um estagiário de iniciação científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).

Desde pequeno, sempre fui muito ligado ao mundo artístico, sendo que cantar foi o meu primeiro amor. Cantarolava e desafinava a maioria do tempo. Já fiz parte do Canta Petrópolis e fiz testes para outros corais; no entanto, com o passar do tempo, apaixonei-me pelos instrumentos, especialmente o piano e o violoncelo. Isso sempre fez parte de mim.

Posteriormente, encorajado pela mãe de uma colega, tentei escrever o meu primeiro livro, e nele comecei a desenvolver o apreço por criar uma realidade onde eu posso gerar vidas e expressar tudo o que não consigo transmitir verbalmente. No entanto, depois de um tempo, quis deixar essa ideia de lado.

Em 2022, terminei o ensino fundamental e ingressei no ensino médio no CIEP Cecília Meireles. O colégio está muito ligado ao mundo das artes, oferecendo opções formativas como dança, expressão e musicalidade. Assim, no meu primeiro festival de artes, estreei a minha primeira peça teatral: “A caminho da praia”. Um roteiro completo de metáforas comportamentais para os relacionamentos abusivos.

Ainda no meu primeiro ano do ensino médio, a FAPERJ, juntamente com o CEFET, iniciou um programa de iniciação científica. Lembro-me de estar próximo, um pouco depois do meu aniversário (junho), e em uma aula de filosofia. O professor nos falou sobre a bolsa de estudos e nos entregou uma ficha de inscrição. “É uma oportunidade que cai em seu colo.” Foi a frase que me convenceu a tentar a bolsa.

O ensino médio tem sido para mim uma oportunidade transformadora, que me mostrou as minhas dificuldades, levando-me ao autoconhecimento e à maturidade emocional, de modo que essa maturidade tornou-se consequência. O “Futurando com Ciência”, nome do projeto do qual faço parte, tem servido como uma ponte de transição dos hábitos de leitura do ensino fundamental para o acadêmico, método concedendo-me a chance de ser um agente da transformação que a sociedade atual exige. Posso comparar essa experiência com a chegada de um peixe a um novo aquário. E a relação com a dramaturgia tem me inspirado a reviver uma chama que jamais consegui que pudesse ser reacesa, sendo uma porta que se abre para qualquer um que sente no peito, mas tem dificuldade em expressar. Hoje, ansioso pelo mundo da psiquê humana, sendo minhas metas a arteterapia e a psicanálise.

Muitos adultos sem profissão são, na verdade, crianças artísticas cuja chama foi ofuscada.” – Frase do perfil: @Apollo_j.s (Instagram)

Da inquietação à paixão pelo aprendizado: A jornada de descoberta no CIEP 137 Cecília Meireles

Autoria: Bárbara Candido Migueis Diniz

“Só sei que nada sei”. A famosa frase atribuída a Sócrates me guia fortemente no âmbito escolar, já que no universo estudantil, todas as certezas que achava que tinha passaram por sérias e longas reformas e, muitas vezes, se enfraqueceram tanto que nem as tenho mais.

No início do Ensino Médio a sensação de não saber tudo me perturbava de forma constante, mas depois de muitas aulas comecei a me conformar que é essa inquietação que me levaria às minhas conquistas escolares e, logo, me apaixonei por essa necessidade de sempre estar me renovando. Essa paixão me levou a querer participar e aproveitar de tudo o que o CIEP 137 Cecília Meireles me proporcionava. Estava tudo lá o tempo todo, mas só a curiosidade e um pouco de ousadia me fizeram enxergar.

“Achei o equilíbrio entre as matérias escolares e a vida social” é algo que não me atrevo a dizer, mas posso falar que fundir os dois está sendo uma tática e um prazer. Olhar para seus professores como pessoas, coisa que os estudantes muitas vezes não fazem, e considerar seus colegas como parceiros com um objetivo comum que podem unir forças para o aprendizado é um começo. Além disso, ser atento ao que está acontecendo no ambiente escolar e no mundo é fundamental para ser um bom aluno. No caso do meu estágio, feito no campus da escola, todos os meus colegas de série receberam a oportunidade por meio de uma folha que nela continham todas as informações sobre o projeto, mas por falta de atenção e de curiosidade, muitos perderam essa oportunidade que me dá tanta alegria hoje.

Sou uma aluna que, como muitos outros, teve anos do ensino fundamental perdidos pela trágica
pandemia causada pelo COVID-19, fomos severamente afetados por esse fato e as consequências dele perpetuam atualmente quando vejo alunos que não sabem fazer uma pesquisa para um trabalho pela falta de prática, quando vejo alunos inteligentes, mas sem saúde mental para darem seu máximo, quando alunos que, pela perda dos pais na pandemia, tem que trabalhar e acabam sem tempo para se dedicarem ao estudo, alunos do NEJA (Núcleo de Educação de Jovens e Adultos) que muitas vezes têm filhos e trabalhos cansativos e mesmo assim querem o bem do saber, eu só posso aprender com essas pessoas, elas, sim, são uma grande inspiração para mim.
Bárbara Candido Migueis Diniz, uma jovem talentosa que, aos 16 anos, já exerce o papel de pesquisadora pela Faperj, nutre um sólido desejo de se tornar Historiadora. Atualmente, ela é aluna do CIEP 137 Cecília Meireles, uma instituição pública de ensino situada no estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Sou uma aluna que, como muitos outros, teve anos do ensino fundamental perdidos pela trágica pandemia causada pelo COVID-19, fomos severamente afetados por esse fato e as consequências dele perpetuam atualmente quando vejo alunos que não sabem fazer uma pesquisa para um trabalho pela falta de prática, quando vejo alunos inteligentes, mas sem saúde mental para darem seu máximo, quando alunos que, pela perda dos pais na pandemia, tem que trabalhar e acabam sem tempo para se dedicarem ao estudo, alunos do NEJA (Núcleo de Educação de Jovens e Adultos) que muitas vezes têm filhos e trabalhos cansativos e mesmo assim querem o bem do saber, eu só posso aprender com essas pessoas, elas, sim, são uma grande inspiração para mim.