Autoria: João Bernardo de Souza Freire
Eu sou João Bernardo de Souza Freire, faço estágio na FAPERJ e sou um aspirante a diretor teatral. Nasci no dia 06/06/2006, em Petrópolis. Tenho hoje 17 anos e curso o 2º ano do ensino médio, na trilha de ciências humanas, do CIEP Cecília Meireles 137. Em uma roda de conversa com a ilustre Graça Santos, fui convidada a produzir este breve artigo sobre como me apaixonei pela arte dramatúrgica e como queria me tornar um estagiário de iniciação científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).
Desde pequeno, sempre fui muito ligado ao mundo artístico, sendo que cantar foi o meu primeiro amor. Cantarolava e desafinava a maioria do tempo. Já fiz parte do Canta Petrópolis e fiz testes para outros corais; no entanto, com o passar do tempo, apaixonei-me pelos instrumentos, especialmente o piano e o violoncelo. Isso sempre fez parte de mim.
Posteriormente, encorajado pela mãe de uma colega, tentei escrever o meu primeiro livro, e nele comecei a desenvolver o apreço por criar uma realidade onde eu posso gerar vidas e expressar tudo o que não consigo transmitir verbalmente. No entanto, depois de um tempo, quis deixar essa ideia de lado.
Em 2022, terminei o ensino fundamental e ingressei no ensino médio no CIEP Cecília Meireles. O colégio está muito ligado ao mundo das artes, oferecendo opções formativas como dança, expressão e musicalidade. Assim, no meu primeiro festival de artes, estreei a minha primeira peça teatral: “A caminho da praia”. Um roteiro completo de metáforas comportamentais para os relacionamentos abusivos.
Ainda no meu primeiro ano do ensino médio, a FAPERJ, juntamente com o CEFET, iniciou um programa de iniciação científica. Lembro-me de estar próximo, um pouco depois do meu aniversário (junho), e em uma aula de filosofia. O professor nos falou sobre a bolsa de estudos e nos entregou uma ficha de inscrição. “É uma oportunidade que cai em seu colo.” Foi a frase que me convenceu a tentar a bolsa.
O ensino médio tem sido para mim uma oportunidade transformadora, que me mostrou as minhas dificuldades, levando-me ao autoconhecimento e à maturidade emocional, de modo que essa maturidade tornou-se consequência. O “Futurando com Ciência”, nome do projeto do qual faço parte, tem servido como uma ponte de transição dos hábitos de leitura do ensino fundamental para o acadêmico, método concedendo-me a chance de ser um agente da transformação que a sociedade atual exige. Posso comparar essa experiência com a chegada de um peixe a um novo aquário. E a relação com a dramaturgia tem me inspirado a reviver uma chama que jamais consegui que pudesse ser reacesa, sendo uma porta que se abre para qualquer um que sente no peito, mas tem dificuldade em expressar. Hoje, ansioso pelo mundo da psiquê humana, sendo minhas metas a arteterapia e a psicanálise.
“Muitos adultos sem profissão são, na verdade, crianças artísticas cuja chama foi ofuscada.” – Frase do perfil: @Apollo_j.s (Instagram)