Arquivar maio 21, 2011

Escola deve formar estudante para o amor e a beleza


FELICIDADE: made in Butão

Cada país tem alguns carros-chefe em sua pauta de exportações. Os Estados Unidos, por exemplo, são famosos por vender armamentos e filmes ao resto do mundo. Apesar dos avanços tecnológicos, o Brasil ainda é essencialmente um fornecedor de commodities. Já o Butão, pequeno país encravado entre China e Índia com pouco mais de 600 mil habitantes, vem se tornando conhecido por exportar um caminho para a felicidade. 
Em 1972, o rei do Butão, Jigme Singye Wangchuck, criou o termo Felicidade Interna Bruta (FIB), para se contrapor ao Produto Interno Bruto (PIB). Ou seja, uma nova maneira de avaliar a riqueza de um país levando em conta não apenas os aspectos econômicos, mas também os ambientais, culturais, psicológicos e espirituais, entre outros. 

Ao passar a aferir os índices do FIB e criar políticas públicas para atacar os problemas encontrados, o país conseguiu dar um salto em seus indicadores sociais e chamar a atenção do mundo para essa experiência inovadora. O conceito do FIB foi, por exemplo, uma das inspirações para a Trip desenvolver os 12 temas que debate mensalmente em suas edições há quatro anos.

Hoje, uma das principais autoridades do mundo em Felicidade Interna Bruta é Dasho Karma Ura, presidente do Centro para Estudos do Butão e membro da Comissão do FIB do Ministério do Planejamento de seu país. Ele está no Brasil para divulgar o mais disputado produto de exportação butanês e participar de uma série de eventos, como a 1ª Conferência Nacional do FIB, que foi realizada em São Paulo na última quarta-feira, em um Sesc Pinheiros lotado. 
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O sociólogo italiano Domenico Di Masi enfatiza que uma escola feliz deve preparar os jovens também para o tempo livre

O professor italiano, sociólogo do trabalho e escritor Domenico Di Masi tem dito em suas palestras pelo mundo afora que a escola prepara as pessoas para serem tristes. É, sem dúvida, uma fala audaciosa que tem mexido com os cânones do magistério. Como os professores podem se sentir realizados com seu trabalho, formando pessoas para a tristeza? Como fazer do exercício do magistério uma atividade de e para o prazer? São algumas das perguntas formuladas por Folha Dirigida ao autor de “O ócio criativo” e “Sociedade sem trabalho”, entre outros livros que pregam a importância da preguiça e o dever do ócio a milhares de leitores espalhados pelo mundo.

Nesta entrevista, a única em que aborda exclusivamente o trabalho do magistério, ele diz que o trabalho do professor é “o mais lindo” e privilegiado que existe, por se tratar de uma atividade de estímulo à convivência criativa. Entre os conteúdos fundamentais para um bom trabalho, Domenico aponta a vocação estética e ética, sem as quais o professor não poderá desempenhar bem o seu trabalho. Em relação a salário, na contramão da maioria que amarga as dificuldades impostas pela baixa remuneração, ele diz que não é essencial à qualidade do serviço: 

— É importante para dar uma certa tranqüilidade, mas não é fundamental — afirma.

Mas quando o assunto é pesquisa, o trovador da preguiça torna-se um radical e diz que ela é “a vida do professor”. Para ele, não é possível uma faculdade de Pedagogia abrir mão do ensino sistemático da Metodologia da Pesquisa e da Filosofia do Conhecimento. Veja a entrevista, clicando aqui.

IQP – INDICADORES DE QUALIDADE DE PROJETO


A equipe de educadores do CPCD sempre trabalhou seus programas de educação popular e de desenvolvimento comunitário, assim como seus projetos específicos – “Sementinha”, “Ser Criança”, “Bornal de Jogos”, “Fabriquetas Comunitárias”, “Agentes Comunitários de Educação”,  etc. – como processos de permanente apreensão, compreensão e devolução.   Uma das maiores dificuldades que enfrentávamos era em relação ao quesito “indicadores de avaliação” dos nossos projetos. Este problema (que não era só nosso, mas ainda aflige e compromete o trabalho das ONGS e da grande maioria dos projetos sociais e de intervenção comunitária) passou a ser um desafio permanentemente enfrentado pela equipe. Entre as muitas questões que formulávamos, destacamos algumas: 





Especial EDUCAÇÃO – JN Especial

Não há razão, nem explicação aceitável para tantos alunos no Brasil deixarem a escola sem aprender o que deveriam.
O último relatório do Todos pela Educação mostra que o percentual de aprendizado de matemática no final do ensino fundamental, por exemplo, está abaixo de 15% (14,8%) e o de português é 26,3%.
A coordenadora de projetos da Fundação Roberto Marinho, Maria de Fátima Gabriel, acha que todos os alunos têm capacidade de aprender. E que é função da escola buscar alternativas, às vezes, é preciso sair do formato tradicional.